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Arquitetos: UP Architecture
- Área: 338 m²
- Ano: 2024
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Fotografias:Archi-Translator

Descrição enviada pela equipe de projeto. O Centro Hemei de Suixian é um projeto de demonstração de revitalização rural, realizado em parceria entre a Fundação Chinesa para o Desenvolvimento Rural e cinco vilarejos distribuídos por três localidades no condado de Suixian, província de Hubei. Com o objetivo de impulsionar o desenvolvimento da Área Cênica de Dahongshan e fomentar o turismo local, o projeto adota o conceito de "Vilas Harmoniosas e Bonitas" como filosofia central. Interligando os cinco vilarejos por meio de um circuito de ciclovias, transforma casas abandonadas, salões comunitários e outros espaços ociosos em estações de apoio para ciclistas, pátios de lazer, museus rurais, cafés e restaurantes artísticos — formando um conjunto rural complementar e integrado que estimula o desenvolvimento regional.



Revitalização de Recursos Rurais Ociosos — O ponto de partida do projeto é a regeneração de recursos, dando novo propósito a espaços abandonados:
- Uma antiga casa de tijolos vermelhos em Yujiawan se transforma em estação de ciclismo, oferecendo paradas de descanso ao longo da ciclovia.
- O antigo salão comunitário da vila de Zhenzhuquan é convertido em museu do patrimônio imaterial, preservando as memórias locais.
- O antigo templo da Dinastia Qing, em Chang'andian, é reinventado como um café, onde paredes de terra batida dialogam com estruturas modernas de madeira.
- Uma residência em ruínas é recriada como restaurante artístico, integrando estruturas metálicas à vegetação nativa.


Essas cinco edificações renovadas estão conectadas pela ciclovia, formando polos de interação urbano-rural que impulsionam a venda de produtos agrícolas, geram empregos locais e promovem a circulação justa de recursos.


Catalisadores Espaciais & Construção Local — A equipe de projeto adota uma abordagem antropológica e multidisciplinar para implementar três estratégias principais:
1. Reconfiguração Espacial – Preservar a memória dos lugares enquanto se ativa seu valor funcional:
A estação de ciclismo mantém o layout original em “L” da antiga casa, criando um pátio com ginkgo.
O pátio de lazer conserva a estrutura tradicional em torno de um pátio central, incorporando terraços e espaços de hospedagem para eventos turísticos e comunitários.
2. Construção Apropriada – Combinar materiais locais com métodos construtivos de baixa complexidade:
O pátio de lazer utiliza paredes compostas de tijolos vermelhos com 300 mm de espessura, garantindo melhor isolamento térmico.
O café combina estruturas de madeira laminada com paredes de terra batida, equilibrando preservação e funcionalidade.
3. Intervenção Leve – Mínima interferência, permitindo crescimento flexível:
O restaurante artístico conecta paredes de pedra desmoronadas com estruturas metálicas, mantendo a vegetação natural.
O museu insere volumes metálicos revestidos com painéis de policarbonato, em diálogo com os antigos caibros de madeira.


Os moradores participam de todo o processo, desde o planejamento até a operação. Um exemplo é o modelo de “parceria” do pátio de lazer, que incentiva o retorno de jovens empreendedores e cria um ciclo fechado de “projeto–construção–gestão”. Esses núcleos arquitetônicos atuam como catalisadores para a economia da ciclovia, a preservação do patrimônio cultural e o intercâmbio urbano-rural.



Práticas Sustentáveis — Por meio de uma gestão profissionalizada, o projeto transforma a arquitetura em plataforma de interação urbano-rural: o museu promove exposições de patrimônio imaterial e indústrias criativas; o café funciona como espaço de convivência comunitária; o restaurante artístico explora a integração entre cultura e turismo. Atualmente, esse modelo de “revitalização de recursos ociosos + cocriação comunitária” tornou-se um caso exemplar em Suixian, com planos de expansão para outros vilarejos na região da Montanha Dahong. A iniciativa apresenta um protótipo replicável e equitativo para a revitalização rural em toda a China.


O Centro Hemei de Suixian utiliza a arquitetura como meio para promover um modelo inovador de desenvolvimento colaborativo entre zonas urbanas e rurais, baseado na regeneração de recursos, valorização cultural e engajamento comunitário. O projeto demonstra, de forma concreta, o poder da arquitetura em promover equidade social.













































